Vacina da
Gripe 2022


Perguntas
e Respostas
Vacina da
Gripe 2022


Perguntas e Respostas

A gripe está entre as viroses mais frequentes em todo o mundo e é causa de surtos e pandemias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 10% da população é infectada anualmente pelo vírus influenza e que 1,2 bilhão de pessoas apresentam risco elevado para complicações decorrentes da doença.

Pessoas de todas as idades são suscetíveis à infecção pelo vírus influenza, mas alguns grupos estão mais propensos a desenvolver as formas graves da doença: gestantes, puérperas, adultos maiores de 60 anos, crianças menores de cinco anos e pessoas que apresentam doenças crônicas, especialmente cardiorrespiratórias, obesidade, diabetes, síndrome de Down e imunossupressão.

Diferente dos resfriados, causados por outros vírus, a gripe caracteriza-se por início súbito dos sintomas, como febre, mialgia, tosse, dor de garganta, coriza, calafrios, tremores, cefaléia e anorexia. A infecção geralmente dura uma semana e os sintomas podem persistir por alguns dias. Em alguns casos, principalmente nos grupos de maior risco, a doença pode evoluir com complicações respiratórias (como pneumonia viral ou bacteriana) ou outras menos comuns, bem como levar à descompensação da doença de base e até mesmo ao óbito.

A vacina da gripe é a melhor forma de prevenção. Além de prevenir a pessoa do adoecimento e/ou de complicações, como internações e óbito, contribui para reduzir a circulação do vírus influenza no meio ambiente.

A vacina da gripe protege somente contra o vírus influenza. A vacina não protege nem aumenta a resistência para a infecção por Covid-19.

Confira as respostas às principais dúvidas sobre a vacina da gripe:

1. A vacina causa gripe?
Não. As vacinas influenza são todas inativadas (de vírus mortos), portanto sem capacidade de causar doença.

 

2. Quem deve realizar a vacina?
A vacina é indicada para bebês a partir de 6 meses, crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes.

 

3. Quem tomou a vacina em 2021, precisa se vacinar em 2022?
Sim. A revacinação anual é fundamental, já que a proteção conferida pela vacina dura de 6 a 12 meses. Além disso, o vírus influenza sofre mutação, e isso leva à necessidade de alterar a composição da vacina de acordo com as cepas do vírus circulante.

 

4. A composição da vacina em 2022 é a mesma de 2021?
Não. Houve alteração nas cepas A(H3N2) e B presentes na vacina.

Composição da vacina quadrivalente para hemisfério Sul 2021x2022
2021 2022
A/Victoria/2570/2019 (H1N1)pdm09 A/Victoria/2570/2019 (H1N1)pdm09
A/HongKong/ 2671/2019 (H3N2) A/Darwin/9/ 2021 (H3N2)
B/Washington/ 02/2019 (Victoria) B/Austria/1359417/ 2021 (Victoria)
B/Phuket/3073/ 2013 (Yamagata) B/Phuket/3073/ 2013 (Yamagata)

 

5. Qual é o esquema de doses?

Grupo Esquema vacinal
Adultos e crianças a partir de 9 anos de idade Uma dose anual
Crianças entre 6 meses e 8 anos 11 meses e 29 dias, não vacinadas anteriormente contra gripe Duas doses com intervalo de 30 dias

 

6. Qual a diferença das vacinas trivalente e quadrivalente?
A rede pública oferece a vacina trivalente. As clínicas privadas disponibilizam as vacinas quadrivalente e trivalente.

A vacina quadrivalente contempla uma segunda cepa B, em comparação com a trivalente. Desde o ano 2000, temos observado em todo o mundo (inclusive no Brasil) a cocirculação das duas linhagens de vírus influenza B (Victoria e Yamagata) em uma mesma estação. Nesse período, em cerca de 50% das temporadas de circulação do vírus, a linhagem B contida na vacina não foi coincidente com a que predominou como causa de doença na população. Este não pareamento pode reduzir consideravelmente o perfil de efetividade da vacina em uma determinada estação.

Portanto, a vacina quadrivalente oferece uma proteção superior a trivalente.

Diferença na composição da Vacina Trivalente x Quadrivalente - 2022
TRIVALENTE QUADRIVALENTE
A/Victoria/2570/2019 (H1N1)pdm09 A/Victoria/2570/2019 (H1N1)pdm09
A/Darwin/9/ 2021 (H3N2) A/Darwin/9/ 2021 (H3N2)
B/Austria/1359417/ 2021 (Victoria) B/Austria/1359417/ 2021 (Victoria)
- B/Phuket/3073/ 2013 (Yamagata)

 

7. As vacinas da gripe e Covid-19 podem ser realizadas no mesmo dia?
Podem. O Ministério da Saúde deixou de recomendar intervalo entre a administração das vacinas Covid-19 e demais vacinas em 28 de setembro de 2021. Desta forma, as vacinas Covid-19 poderão ser administradas de maneira simultânea com as demais vacinas em qualquer intervalo. 

 

8. Gestantes podem ser vacinadas?
Sim, gestantes constituem grupo prioritário para a vacinação, pelo maior risco de desenvolverem complicações e pela transferência de anticorpos ao bebê, protegendo contra a doença nos primeiros meses de vida. Converse com seu médico sobre a vacina.

 

9. Pessoas imunodeprimidas podem ser vacinadas?
Sim. A vacina é inativada, portanto sem restrições de uso em pessoas imunocomprometidas, que tem indicação de vacinação especialmente reforçada.

 

10. Quais as contra indicações da vacina?
A vacina não deve ser realizada por pessoas com conhecida hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da vacina ou que tenham apresentado sinais de hipersensibilidade após a administração prévia de vacinas influenza.

 

11. Quais os eventos adversos esperados?
Os eventos adversos mais frequentes ocorrem no local da aplicação: dor, vermelhidão e endurecimento. Essas reações costumam ser leves e desaparecem em até 48 horas. Manifestações sistêmicas são mais raras, benignas e breves. Febre, mal estar e dor muscular podem ocorrer de 6 a 12 horas após a vacinação e persistem por 1 a 2 dias, sendo mais comuns na primeira vez em que recebe a vacina.

 

12. Quanto tempo após ter tido Covid-19 poderá ser aplicada a vacina da gripe?
Não há evidências, até o momento, de qualquer preocupação de segurança na vacinação de pessoas com história anterior de infecção ou com anticorpo detectável pelo SARS-CoV-2. É improvável que a vacinação de pessoas infectadas (em período de incubação) ou assintomáticos tenha um efeito prejudicial sobre a doença. Entretanto, recomenda-se o adiamento da vacinação contra a influenza nas pessoas com quadro sugestivo de infecção pela Covid-19 em atividade, para se evitar confusão com outros diagnósticos diferenciais. Como a piora clínica pode ocorrer em até duas semanas após a infecção, a vacinação deve ser idealmente adiada até a recuperação clínica total e pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas. No caso de pessoas assintomáticas, o período é de quatro semanas a partir da primeira amostra de PCR positiva.